Na matéria de capa da revista Veja desta semana "Sob Pressão", há um box sobre o que os editores chamam de "A saúde dos poderosos". E, com uma ilustração para cada caso, relembram os males que acometeram vários presidentes.
Pela ordem, no rodapé das páginas centrais da publicação, da esquerda para a direita, falam do infarto do miocárdio de João Baptista Figueiredo, em 1981; dos cânceres que acometeram Ronald Reagan; da diverticulite que não deixou Tancredo Neves subir a rampa; do mal-estar que proporcionou a Nicolas Sarkozy uma baixa de 20 horas ao hospital.
Aí, o box deixa de lado os presidentes e enquadra um vice, Zé Alencar que vai e vem à toda hora ao setor de oncologia do hospital Sírio Libanês.
No último quadrinho a matéria salta para o terreno dos aspirantes ao poder e desce ao nível dos aprendizes de feiticeiro. Surge então a axila de dona Dilma Rouchefe-da Casa Civil, local em que foi detectado um tumor malígno. Conclui a reportagem que "atualmente a candidata à Presidência encontra-se em remissão".
Só a luz dos holofotes pode nivelar o poste preferido do Palácio do Planalto aos males que aturdiram presidentes de Repúblicas. Não fosse a exagerada exposição da mãe que não criou o PAC-1 e já é avo do PAC-2, ela estaria entrando nessas páginas da Veja como Pilatos entrou no Credo. Percebe-se, no entanto, que o editor-chefe dessa vez lavou as mãos.
O Brasil corre sério risco de ficar, dentre os males, com o maior.