Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula visita fábrica de papel da International Paper do Brasil, em Três Lagoas. Nem Sílvio Santos viu nessa vida tanta carta rasgada.
02. Sempre que um treinador de futebol olha para os reservas na casamata vê que tem um inimigo na trincheira.
03. Aí deu no Ibope: Serra 36% x 25% de Dilma. Para quem acredita nessas coisas, só 11% de diferença. Uma besteirinha de quase 15 milhões de votos. Isso que os dois juram - e a gente tem que acreditar - que nenhum dos dois é candidato.
04. No mais firme papel de cabo-eleitoral, Luiz Inácio Lula da Dilma jura que não escolheu Dilma para "vaca de presépio". Mas o Brasil inteiro está careca de saber que ela pertence ao seu curral eleitoral.
05. Todos os caminhos levam Brasília à intervenção federal. Se o Supremo acatar a intervenção, o pedido segue para o presideus Luiz Inácio Lula da Dilma, que terá o estafante trabalho de editar um decreto nomeando um interventor federal para o DF. Se isso ocorrer, o tal AI-5 será submetido a análise do Congresso no prazo máximo de 24 horas - tempo difícil de ser obedecido numa casa de tolerância. O tempo a Deus pertence; já o lugar, para Lula... Sepúlveda Pertence
ENTREVISTA DE LULA AO ESTADÃO
Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o presideus foi mais hilário do que numa daquelas suas edições radiofônicas do "Café com o Presidente": "Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio. Todo político que tentou eleger alguém manipulado quebrou a cara".
O que precisa ficar claro é que nenhum mortal é capaz de "escolher uma pessoa para ser vaca de presépio". No máximo, seria possível escolher uma pessoa para ser "pessoa de presépio"; no mínimo, escolher "uma vaca" para ser vaca de presépio.
Na mesma entrevista ao Estadão, já deixou sinais de que pode levar uma nova "punhalada pelas costas". Disse que Dilma, se eleita, deverá ficar no cargo por dois mandatos. Pronto, já arrumou um jeito de dizer que sabe com quem está lidando.
A matéria do jornal com Lula vale a pena. É, digamos, impagável. Como não pode abrir o bico sem atucanar um tucano, o presideus cutucou os críticos oposicionistas que tocam o ferro no inchaço da máquina pública: "A cada 100 mil habitantes, o governo federal tem 11 cargos comissionados. O governo de São Paulo tem 31 cargos por 100 mil habitantes", gargarejou na direção da administração Zé Serra em São Paulo.
E assim se deu por satisfeito, como se os dois não estivessem enfiando a faca nos brasileiros que pagam imposto e não recebem o troco devido em serviços públicos. Luiz Inácio Lual da Dilma não tem medo de ser feliz como maquinista desse trem da alegria, superlotado de ineptos.