22 de fev. de 2010

ALMA PENADA RONDA O CONGRESSO

Não basta ter ido à missa de 7° Dia da Confecom - Conferência Nacional de Comunicação, filha de entranhas rancorosas e inconformadas com a liberdade de expresão dos que não concordam com os que se apropriaram do país.

Até a missa pode ter sido mais um engodo. Não foi rezada de corpo presente. O cadáver não estava lá. A Confecom ainda está viva e anda por aí, rondando o Congresso - a Casa do Polvo.

Sua fantasmagórica peregrinação quer impingir aos deputados a carta de más intenções que extraiu daquele encontro de adoradores do poder e transformar o textículo em lei.

Hoje, aquele papelucho serve apenas para embrulhar o nosso estômago; amanhã, com a munição oficial pode ser transformado em bucha de uma perigosa arma à mão dos companheiros guerrilheiros.

Assim armados, logo serão militantes de cargos de comando nos sonhados "controles regionais" - aparelhos de dominação sobre o conteúdo de rádio, televisão, jornal, publicidade, teatro, cinema e todas manifestações de credo, pensamento e expressão.

O Confam é uma alma penada rondando o Congresso que, como a maior casa de tolerância do país, bem que pode tolerar mais essa. Quem acredita em democracia deve voltar a acreditar em fantasma.

Para exorcizar tais assombrações não contem, porém, com as bençãos dos donos das redes de comunicação que os arremedos de hippies do Confam tratam pelo codinome de "monopólios". Eles já venderam as almas dos seus veículos para os bilionários planos de mídia do seu maior patrocinador, o governo.