23 de fev. de 2010

Cúpulas em cima de Cúpulas...

Depois de darem uma cupulada rapidinha, os faceiros cupulantes da 21ª Cúpula do Grupo do Rio lá em Playa del Carmen, no México, decidiram apoiar a Argentina contra a Inglaterra na velha e belicosa questão das Malvinas. Os grandalhões Estados Unidos e Canadá não entraram nessa fria. Não cupularam nem sairam de cima.

Quanto ao que nos toca, não duvidem nada que, amanhã ou depois, o ministro da Defesa de Lula se vista de soldado e faça uma visita à la Jobim das Selvas ao território da iminente conflagração. Logo as Malvinas contarão com uma Força de Paz brasileira.

Cupula daqui, cupula dali, os presidentes da Colômbia e da Venezuela se desentenderam. Um não gostou do jeito que o outro cupulava lá pelas beiradas do balneário no Caribe mexicano.
Álvaro Uribe e Hugo Chávez quase chegaram às chamadas vias de fato. Pena que eles só bateram boca.
Uribe cutucou Chávez, dizendo que o bloqueio norte-americano a Cuba era o mesmo bloqueio que a Venezuela fazia às empresas da Colômbia. Chávez engrossou, vituperou e recebeu desaforos de volta. O histriônico e aloprado coronel venezuelano se incomodou e ameaçou sair do recinto.

Uribe mandou que ele ficasse quieto: - Seja homem e fique aqui para o que veio.

Hugo Chávez ficou. Também não se sabe por quê, nem pra quê.
O que ninguém fala é que essa tal de Cúpula do Rio já era para ter acabado há muito tempo. Basta ver que esta foi a sua 21ª edição. Se a primeira tivesse prestado para alguma coisa, as outras 24 não seriam necessárias. É só tempo e dinheiro jogados fora. E, na falta de um programa de governo, turismo escancarado a nossa custa.
De Falklands a Malvinas na janela...
O Brasil está entrando nessa a troco de quê?!? Vai ver que é só para justificar a compra de submarinos e caças franceses. Uma guerrinha surda de US$ 22 bilhões que precisa se deflagrada logo, antes que o presidente do Brasil seja outro.
Se não é isso, então vejamos o que são as ilhas Malvinas que também atendem pela alcunha de Falkland Islands.
Esse apelido vem desde 1690 e foi colocado naquele então território britâncio ultramarino, em pleno oceano Atlântico, por John Strong, em honra e glória ao Visconde de Falkland, uma cidade da Escócia.
Nada menos de 74 anos depois, em 1764 portanto, Louis Antoine de Bougainville batizou a mesma terra com o codinome de Îles Malouines, em homenagem à cidade francesa Saint-Malo.
Hoje, os moradores das ilhas têm sabida e confessada preferência pela cidadania britânica. Mas, pouco se lixando para isso, em 1982, a Argentina ocupou o arquipélogo sob a alegação de ter soberania sobre as ilhas.
Até hoje, os argentinos ainda não arranjaram uma designação para substituir o nome de Stanley, o vilarejo-capital daquele conjunto de ilhotas que fica ao largo da costa de los hermanos.
Quer dizer, a Argentina embarcou por último no avião e já foi sentando logo na poltrona ao lado da janela.