28 de fev. de 2010

Pesquisa é o gol na política

Depois de ouvir exaustivamente, nos dias 24 e 25 deste momesco fevereiro, nada menos de 2.623 pessoas de um universo de 190 milhões de habitantes desse Brasil Da Silva, o Datafolha chegou à conclusão de que Dilma subiu cinco pontos e encostou em Serra.

É a encosta da serra. Um prenúncio de rampa. Pois olha, aqui já se sabe que você, outra vez, não foi entrevistado. Do que não se tem notícia é de quantos portadores de Bolsa-Família foram pesquisados.

A pesquisa está para a política, assim como o gol está no futebol para Zagallo e Parreira: é apenas "um detalhe".

Um detalhe de somenos é que Dilma está ganhando dela mesma, única declarada e consagrada candidata à sucessão de Luiz Inácio - o Fenômeno que, como o gordão do Corinthians, está saindo de campo este ano.

Serra ainda não disse se vai ou se fica e, no entanto, está ganhando nas intenções de voto por 32% a 28%. Então, na verdade, Dilma Roucheffe está é devendo de 2 a 6 pontos para ela mesma. Um simples detalhe.

Quanto à pesquisa, como todas elas, a margem de lucro - como dizia Ulysses Guimarães - é de 2% para mais ou para menos. Um detalhezinho que pode significar, por baixo, 2,5 milhões de votos e, por cima, mais 7,5 milhões.

Só mais um detalhe: Serra é tão tucano, tão tucano que, quando sair do muro, vai ter que pedir audiência para falar com Dilma Roucheffe que já estará sentada na cadeira de Lula depois de vencer as eleições no primeiro turno.

Como se vê, pesquisa é o gol na política: um reles detalhe.