Está no jornal Correio Braziliense: "Corregedor da Câmara recomendará abertura de processo contra Prudente, Eurides e Brunelli".
E já recomenda tarde. Embora, para os que têm jogo de cintura, "imagens não falem por si", essa gentalha andar por aí gozando o sol da liberdade é um escárnio à sociedade.
Outro dia, às margens da caixa de um supermercado, num fortuito e agradável encontro com uma jornalista pioneira, dos bons tempos de Brasília, ela me traduziu com um olhar de fastio e aguçada indignação aquele gesto indecoroso de Eurides Brito passando a chave na porta da sala de filmagens do delator premiado Durval Barbosa antes de encher a bolsa de propina:
- Aquela cena disse tudo. Foi como se Eurides falasse: "Isso é pecado. Mas eu vou pecar". E ela pecou. Deixando a impressão de que, mal acostumada, voltaria a pecar. Quantas vezes mais tivesse que cair em tentação - sorriu-me a sempre atenta repórter.
Engraçado o que o jornalismo faz na gente; provoca insights que valem por um ano inteiro de terapia.