Uma boa razão para não convocar Ronaldinho é que Dunga jamais esqueceu aquele lençol que ele levou num Gre-Nal quando o atacante ainda era moleque só no futebol.
Outra boa é que, quem começou a lançar dúvidas sobre a participação de Ronaldinho e sua banda de pagode na concentração foi o próprio Dunga e tradição gaúcha não é coisa que se jogue fora do vestiário assim, sem mais nem menos.
Mais outra: aquela bandana sempre foi para Dunga um sinal de azarão, tipo assim o inverso de um amuleto. E lenço de cabeça nunca foi coisa de homem que vive chutando a vida pelo mundo afora. Além de dar azar é meio afrescalhado. Onde já se viu uma coisa dessa, tchê?!?
E finalmente, ninguém vai provar para Dunga que tudo que o Ronaldinho está fazendo dentro de campo nesta temporada européia não seja apenas um surto de futebol que só acomete os verdadeiros craques fora-de-série: Ronaldinho está com um alto grau de febre de jogo requintado, objetiva e delicadamente fino e bonito.
Dunga, pode ter ainda muitas outras mil razões para deixar Ronaldinho de fora. No entanto, nenhuma será mais forte do que a mais antiga de todas as falsas verdades gauchescas que se espalhou pelo mundo da bola: futebol é pra macho, tchê!