1 de fev. de 2010

Algumas de primeira na segunda

Foto: Vilmar Tavares/DM
01. Em nome da "governabilidade por coalizão" Lula comprou aliados e vendeu a alma ao diabo. Por isso, o grande prisioneiro do governo Lula é o próprio Lula. Em decorrência, ele hoje não se abala quando seus cúmplices elucubram planos de direitos humanos que roubam a liberdade de expressão daqueles que ele gostaria que fossem seus súditos.

02. Na edição desta segunda-feira, no sempre hilário programa radiofônico Café com o Presidente, Lula da Silva gargarejou que a sua crise hipertensiva foi um aviso de que o corpo humano é uma máquina “que pode um dia ter problema”. Isso, ele tira logo de letra: já convocou a turma do Bardhal para acelerar o ritmo no Palácio.

Como de hábito, não perdeu a vez e já foi adiantando que tem uma saúde “muito boa”. Ele garantiu que vai continuar trabalhando (?), mas com mais cuidado. Lula regorgou que não vai “afrouxar” os compromissos nesse último ano de mandato.

E com sua saúde de ferro, retomou os trilhos: “Eu sou carro-chefe. Tenho que trabalhar mesmo. Tenho que trabalhar mais. Obviamente que eu posso fazer isso com um pouco mais de cuidado”, afirmou, com ares de maquinista.

Para encerrar, avisou: “Eu tenho uma saúde muito boa, graças a Deus, mas a gente não pode brincar”. Não pode mesmo. Principalmente brincar de Deus.

03. Os exames de Lula estão normais. E ele, como é que está?!?

04. Nesta terça o Congresso Nacional, a grande casa de tolerância do Brasil, volta à anormalidade. Os parlamentares retornam de suas bases para fazer em Brasília o que foram fazer em seus currais eleitorais: gozar a vida. E o eleitores recomeçam sua transformação em vacas de presépio.

05. Veja só que novidade: A Polícia Federal acaba de apontar superfaturamento de R$ 991,8 milhões nas obras de dez aeroportos sob administração da Infraero - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária.

O trabalho dos federais mostra que a maracutaia se deu nos aeroportos de Brasília, Corumbá, Cuiabá, Goiânia, Congonhas, Guarulhos, Macapá, Uberlândia, Santos Dumont e Vitória.

Aponta o documento da PF que todas as obras foram contratadas no decurso do primeiro governo Lula da Silva, entre 2003 e 2006.

Relatório final da Operação Caixa Preta mostra que o desvio resulta de um esquema de fraudes em licitações engendrado na administração Carlos Wilson, então presidente da Infraero. Como se vê há mais do que aviões de carreira entre o céu e a terra do que nossa imaginação pode alcançar.