Esse plano de Direitos Humanos, urdido pela hipocrisia do governo, pode arrepiar a Constituição e até cercear a liberdade de expressão, mas nunca poderá impedir a liberdade de pensamento.
A mente é capaz de criar o seu próprio mundo livre e intocável. Seu território vai da alma ao coração; dos pés à cabeça e não tem limites, nem demarcações. Esse livre pensar é que torna impossível aos tiranos de dissimulada estampa proibir um homem de ler nas entrelinhas.
Cada homem que pensa é, mais muito mais do que a "metamorfose" que Lula se proclamou um dia; cada homem que pensa é uma liberdade ambulante.
A liberdade de pensamento permite usar a liberdade de expressão - pelo menos enquanto não vigora o AI-5 dos Direitos Humanos de mestre Lula e seus apóstolos: a verdade é que só uma nação alienada pode considerar grande o governo que se empenha em apequenar aqueles a quem governa.
Quando chegar - e vai chegar - o último dia desse bimandato de oito anos, Lula poderá dizer sorrindo o que bem quiser dizer. Mas calará, por certo, a mágoa de ter tido tanto poder e tanto ter sido escravo das vontades de seus aliados.
Ele, melhor do que ninguém, sabe muito bem que a técnica da "governabilidade por coalizão" não valeu a pena. Pactos com o diabo, nunca chegam a bom termo.
É sempre um triste tempo aquele em que a força decorre da covardia de não ter força. Lula do Brasil Da Silva, desde que botou o pé na rampa do Palácio, procedeu servilmente em tudo e por tudo, para exercitar o gozo do poder.
Está lá nos compêndios do Direito Romano - que Genro, o Tarso de Lula na Justiça desafia com prazer: "O poder mais seguro e respeitado é aquele que sabe impor moderação a sua força".
Em verdade, em verdade se diga, para exercer a plena liberdade de expressão: o mal do governo Lula foi querer governar demais. Desgovernou.
De nada adiantou para Lula ambicionar tanto poder; ele perdeu a liberdade.