24 de jan. de 2010

A Criatura e o Criador

Mestre Lula quando leva seus apóstolos pela trilha que conduz Dilma Roucheffe da Casa Civil ao Palácio do Planalto está cavando a cova do seu sonho de chegar ao trimandato em 2014.

Metaforisando à moda lulática e pegando a História de Roma como referência pode-se dizer que de todos os concorrentes, Dilma é a única que representa sério perigo de ser para Lula o que Brutus foi para César.

Para ser mais Lula Da Silva, valha-nos o português de vestiário: é da falha dos próprios companheiros que o zagueiro leva bola nas costas.

De um adversário tudo se pode esperar. O que vem de um inimigo não é traição; é estratégia. O adversário que nos ilude é um inimigo. O amigo que nos engana é um traidor.

Indo aos confins da literatura, folheando páginas de suspense e entrando pelos caminhos dos romances de terror gótico - só para não usar o linguajar da História e muito menos o futebolístico - percebe-se no ar, nessa carreira em busca pelo poder no Brasil, algo da vida de Victor Frankenstein, aquele estudante de ciências naturais que construiu um monstro em seu laboratório. O final todo mundo conhece: a criatura volta-se contra o criador.

Dilma Roucheffe-da Casa Civil hoje, amanhã Roucheffe-do Palácio do Planalto estará tão à vontade na cadeira de seu criador que, para demonstrar a perfeição da obra por ele idealizada, mostrará toda a voracidade com que ela sugou da alma de seu amo e senhor o gosto pelo poder.

O ano de 2014 não será do criador e sim da criatura. Lulalá só depois de 2018... Se a criatura até então não tiver levado o que, nos bastidores do poder, se chama de "punhalada nas costas".