26 de jan. de 2010

Foi ele, sim!

Foto/AP
Segunda-feira, 25 de janeiro... De repente, na sala presidencial do edifício sede do governo venezuelano, um estouro. Hugo Chávez olha para os lados e vê que ficou sozinho. O fanfarrão ainda tenta se desculpar: - Não fui eu!

Tarde demais. O vice-presidente Ramón Carrizález, a ministra do Meio Ambiente Yuviri Ortega, e o presidente do Banco de Venezuela Eugenio Vázquez Orellana, já tinham se mandado para a porta de saída. Os três se juntaram à voz rouca das ruas. Misturaram-se aos cartazes, gritos e bombarrojões de artifício. Não agüentavam mais o cheiro de ditadura que infesta o ar do Palácio do governo toda vez que Chávez não consegue se conter. Nesses momentos, é que se sente com que lugar do corpo ele pensa: o odor que exala é insuportável.

Todo mundo sabe que o barulho foi provocado por ele. Todos sabem que ele não é coisa que se cheire. Foi ele, sim! E quando é ele, o melhor é sair de perto. Hugo Chávez está ficando cada vez mais isolado.