24 de jan. de 2010

O PT continua o mesmo

O PT consagrou neste sábado (23) a volta dos escandalosos do mensalão à direção do partido. E nem poderia ser diferente. Sem esssa turma da pesada o PT não seria o que sempre foi.

O bando voltou de onde nunca saiu, por influência direta da hoje mascarada corrente majoritária, com o codinome de CNB - Construindo um Novo Brasil(!?). Um pouco mais e seria Conferência Nacional dos Bispos, do PT é claro. Seus cardeais são os velhos companheiros boins e batutas: Zé Dirceu, João Paulo Cunha e Zé Genoino. O novo (!?) Diretório Nacional, fará no mês que vem, o que mais gosta de fazer: tomar posse.

A campanha de Dilma Roucheffe-da Casa Civil, vai reeditar a alcatéia de sindicalistas bancários que gerou os "aloprados". É a turma que vai centralizar a captação de recursos. Um esforço inaudito, já que eles detestam fazer essas coisas.

Só para lembrar: Zé Dirceu, ex-chefe da Casa Civil deixou o cargo no auge do escândalo dos seus 40 mensaleiros; os equilibristas Zé Genoino e João Paulo ainda deputados, são réus no processo do mensalão que está nos arquivos implacáveis do STF.

Na terça-feira que vem, esses honrados senhores apresentarão ao comando do partido seus 45 indicados para o Diretório Nacional. No rol dos que serão apresentados estão o deputado cearense José Nobre Guimarães, cujo assessor foi detido com US$ 100 mil na cueca em 2005, e também Mônica Valente, mulher de Delúbio Soares, papa do mensalão, hoje execrado pelo PT.
Para reforçar a campanha de Dilma, o bando responsável pela arrecadação e gestão dos recursos será formado por petistas emergentes do sindicalismo bancário. É o mesmo time que jogou pesado para a reeleição de Lula em 2006. Um dos seus gols mais comentados foi aquele em que os "aloprados" meteram a mão - chutando um dossiê contra Zé Serra, então candidato ao governo paulista. Serra deve ser o grande adversário da mãe do PAC no jogo para ocupar o lugar de Lula.

Para a campanha de Dilma, vêm com tudo e não estão prosas Paulo Bernardo, apóstolo do Planejamento e Zé Pimentel, discípulo da Previdência de Lula. No bolo estão chegando também os presidentes dos dois maiores fundos de pensão do Brasil Da Silva, Sérgio Rosa, da Previ e Wagner Oliveira, do Petros; Ricardo Berzoini, o adorador de velhinhos e João Vaccari Neto - também investigado pela Polícia Federal no inquérito dos "aloprados". Vaccari tem tudo para ser o novo tesoureiro do PT.

Quer dizer, nesse tempo todo de uso e abuso do poder, o PT não mudou o Brasil e muito menos mudou o PT. Quando menos se esperava que pudesse continuar ruim aí mesmo é que o PT piorou. Tanto ficou pior que cada vez mais se parece com a cara do dilúvio que desencadeia sobre a democracia que vem prostituindo há longos e desbraguelados oito anos.