4 de fev. de 2010

Zé Dirceu não pasta

Foi tipo assim conversa de café. Ciro Gomes, entre um gole e outro, disse aos jornalistas lá no Congresso que caso Zé Dirceu - aquele que já jurou "fidelidade canina" ao seu divino mestre, presideus Lula - se metesse na sua candidatura ao Palácio do Planalto, ele o mandaria pastar.

E trombetou: "O Dirceu deveria assumir um certo recato. A conduta atual dele é golpista. E eu sou amigo dele, sou mais franco com meus amigos do que com meus inimigos. Ele não tem coragem de me pedir para retirar a candidatura, até porque eu mando ele pastar na mesma hora".

Não disse nada de prático. Zé Dirceu não é bovino, não é eqüino, não é sequer caprino. Zé Dirceu pertence - pela reverberação de sua própria voz - à espécie canina. Assim é que Dirceu não pasta. Dirceu come, morde, abocanha.

Ciro foi apenas um desbocado e implicante, como é da natureza do governo a que pertence. Agora Lula e Dilma, Dirceus, correntes majoritárias e novos brasís já sabem com quem estão falando e que, quem tem um aliado assim, não precisa de opositores.