5 de jan. de 2010

Liberdade, Liberdade!

No Brasil Da Silva se consolida cada vez mais o reinado da quarta e mais forte das três falsas liberdades de um regime que se faz de democrático: a Liberdade de Empresa. Ela é que vale. Sobrepuja, amordaça e faz refém as liberdades de credo, de pensamento e de expressão.

Nenhum veículo, nenhum meio de comunicação social - do jornalismo às relações públicas; da publicidade ao marketing - existe, resiste ou subsiste sem o respaldo do verdadeiro 4° Poder - o Comércio.

O jornalismo é um negócio. A notícia é uma empresa. A publicidade e o marketing são a conseqüência inevitável do governo invisível da única verdade no mercado da comunicação: a vontade do empresário, do patrão - reles súdito de seus patrocinadores. Notícia, antes de mais nada e de tudo, é a voz do dono.

Ela é o mais sonoro registro de qualquer reunião de pauta. A internet é a única tábua de salvação nesse naufrágio de credibilidade. Enquanto não submergir à força dos pesados logotipos que afogam as opiniões de um jornalismo que morre na praia agarrado à falsa esperança da insenção que lhe colocam sobre os ombros.

Sem o jugo das notórias logomarcas, a notícia pode ter seu dono, mas não tem patrão. Cabe a cada um o exercício da liberdade de escolha entre a Liberdade de Empresa e a Liberdade de Imprensa.