ODRES SENATORIAIS
Duda Mendonça, o boquirroto galo de rinha da República dos Calamares, deve eleger pelo menos dez senadores nas eleições de outubro.
Vai fazer daquilo um verdadeiro rinhadeiro. Sua bancada vai ser maior que a dos evangélicos. O governo vai voltar a comer pela sua mão. E ele a mitigar a sede nos odres oficiais.
QUESTÃO DE TEMPO
The New York Times, um dos mais influentes jornais do mundo, confirma o fim de sua edição impressa.O presidente do Conselho de Administração da The New York Times Company e editor-chefe do jornal, Arthur Sulzberger Jr., admitiu que o futuro de um do jornal, fundado em 1851, será com a publicação de notícias e imagens exclusivamente em plataformas digitais.
Para ele, o fim das edições em papel é uma tendência irreversível. Assim é, pois, que o Jornal do Brasil, o nosso glorioso JB acabou "furando" o New York Times. Não demora nada, a azia de Lula vai ser virtual. É tudo só uma questão de tempo.
Reprodução/ABr
SEM TERNURA
Dilma, em Porto Alegre, lambendo a cria de sua filha Paula, o primeiro- neto Gabriel, deu mostras de que sua doçura ainda não perdeu a capacidade de perder a ternura. Não gostou nem um pouquinho que seu criador fosse para a TV, vestido com botom presidencial, fazer a defesa da sua criatura no caso da quebra de sigilo, plataforma suspensa de lançamento de mais um dossiê. Ela acha que esse novo exibimento de Lula - Dilma não falou bem assim - pode parecer aos olhos do povo que ela não tem capacidade de fazer a sua própria defesa. Bobagem. Pura pretensão que renasce das cinzas. Arrogância repentina, sem razão nenhuma. Todo mundo sabe que ela não tem mesmo.
VENDEDORES E DOADORES
Lá em Ribeirão Preto, Lula - o Presideus, estava impossível: "O PSDB quis vender a Petrobras, o BB e a Caixa", acusou.Lula partiu para o ataque. E, num ato falho, ao referir-se aos tucanos, pediu que parassem de "blasfemar na televisão" e comparassem seu governo ao de Fernando Henrique Cardoso. Como assim, "blasfemar"?!? Blasfêmia é contra o divino, o sagrado; contra Deus. Então, Lula é Deus e Dilma é Deusa... Ah, bom.
E depois de dizer que mandou o FMI embora e que "eles ainda nos devem U$ 14 bilhões" disse que os tucanos queriam vender a PTrobras, o Banco do Brasil e a Caixa: "Aprenderam a vender o que não era deles, o bem público deste País". E assim, largando de mão a estratégia de coalizão pela governabilidade, voltou à velha tática que sempre usa em tempos de eleição.
Vai ver que Lula tem razão, os tucanos gostavam mesmo de vender essas coisas. Com Lula já é diferente. Lula gosta de dar e emprestar a fundo perdido: emprestou bilhões para o FMI, deu para o Haiti, para a Bolívia, de Evo Morales; para a Venezuela, de Hugo Chávez; para a Argentina, do casal Kirchner; para o Paraguai, de Fernando Lugo, o bispo-papão... E quer continuar dando. Lula nos pegou pra cristo.