27 de mai. de 2010

Marco Aurélio Garcia: Serra Presidente.



Nessa quarta-feira, Zé Serra desancou o governo da Bolívia acusando-o de "cúmplice do tráfico de cocaína para o Brasil".

Não disse bulhufas que qualquer um, a torcida do Flamengo e o Palácio do Planalto não soubessem. Choveu no molhado.

Choveu e alagou os alagados. Como se Zé Serra tivesse falado do governo brasileiro e não do boliviano, em seguida o assessor de viagens internacionais de Lula, Marco Aurélio Sargento Garcia, meteu a cara para fora daquela janela onde costuma fazer top-top e, bancando o guardachuva do governo, enfiou os pés pelas mãos:

O presidente Serra está tentando ser o exterminador do futuro da política externa. Ele quis destruir o Mercosul. Agora, quer destruir nossa relação com a Bolívia. O Mahmoud Ahmadinejad virou Hitler. Eu acho que talvez ele esteja pensando, na política de corte de despesas, em fechar umas 20 ou 30 embaixadas nos países nos quais ele está insultando neste momento”.

Pronto! Não precisa dizer mais nada. Já disse tudo que os tucanos mais queriam ouvir: chamou o Serra de presidente. Garcia, como se sabe, é uma das "pessoas não comuns" mais bem informadas das cercanias de Lula nessa República dos Calamares.

Os coordenadores da campanha do poste iluminado temem agora que o Sargento Garcia passe das palavras à ação. Eles não tem nem idéia do que ele pode fazer com Dilma.