Luiz Inácio Lula da Dilma está de novo sob os desejos de juizes que resolveram mais uma vez aplicar-lhe uma multa de R$ 5 mil. Seu cargo de cabo eleitoral já está dando prejuizo. Além disso, a condenação sujou mais ainda a sua ficha. Lula é tri-reincidente. Infrator contumaz da lei que trata de eleições no país.
O Tribunal Superior Eleitoral entendeu que seu discurso, outro dia, na inauguração de prédios na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Cururi, em Teófilo Otoni (MG), foi claramente favorável à pré-candidatura da então ministra Dilma. Adivinhe quem vai pagar a conta.
ERRO MATERIAL
Outro que para o TSE não é mais ficha-limpa é o Instituto Sensus. O tribunal aplicou-lhe multa por por não ter respeitado o prazo de cinco dias entre o registro de uma pesquisa eleitoral e sua divulgação.
Mas não é simples assim. A questão de prazo teve tudo a ver com o período de programação de TV e outros meios de formação de imagem. Uma coisa mais ou menos balançaria o coreto da outra. Pesquisa divulgada no dia 13 de abril apontava empate entre Zé Serra (32,7%) e Dilma Rouchefe (32,4%).
E teve mais ainda: o Sensus registrou pesquisa de intenção de voto para a sucessão presidencial, mas indicou como contratante um sindicato, o Sindecrep que, na realidade, não encomendou o trabalho. Dias depois, o instituto corrigiu o erro e afirmou no TSE que o verdadeiro contratante era o Sintrapav - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de SP.
Sobre isso, o instituto alegou que houve um erro "material" na hora do preenchimento das fichas. É que os dois sindicatos ocupam o mesmo local de trabalho.
Se o Sensus não consegue diferenciar alhos de bugalhos na hora de indicar seus parceiros, imagine o que não faz quando precisa temperar adversários políticos com seus contratantes.
FICHA PRÓPRIA
Dê um palpite aí: sobre as razões pelas quais o ex-tucano Romero Jucá hoje líder do governo Lula, não quer, nem a pau e nem que a vaca tussa, que o projeto Ficha Limpa entre na pauta de votações. Há quem diga que está advogando em ficha própria. (Foto: Waldemir Rodrigues/Ag.Senado)