Foi para lá com pose de presideus e voltou como uma inodora pitada de fermento em massa de manobra. Mohamoud Ahmadinejad fez com ele e com o primeiro-ministro turco o que não se faz com o guarda da esquina bêbado.
Do grande mediador pacifista que foi protagonizar lá no Irã, voltou como o chamuscado personagem do inocente útil da incendiária terra dos aiatolás.
Bem feito. Lula não tinha nada que meter o bedelho, onde não foi chamado. Foi por contra própria. Foi para se exibir. Foi para dizer que passaria nos iranianos a mesma lábia que passa nos brasileiros. Foi, se achando mais amigo, mais forte, mais talentoso que Barack Obama, que os russos, que os isralenses, que todos, inclusive os aiatolás, os gregos e troianos.
Todo medidador voluntário, espontâneo, metidaço é pretensioso, convencido e inxerido. Lula foi mediar - como se ninguém mais no mundo já não o tivesse tentado - uma questão bélica; foi moderar uma guerra que não tem nada a ver com o Brasil, um país sem inimigos e que não precisa de companheiros como Ahmadinejad, Khadaffi, Fidel Castro, Hugo Chávez, Zelayas e outras ratazanas boas e batutas que infestam a vida.
ele, a quem a vida concedeu o premio e a fortuna de ter e alcançar o que é mais do que suficiente, não devem desejar ter e alcançar mais ainda.
Lula quer, porque quer, mais do que ser um ex-presidente; quer ocupar uma cadeira na ONU segurando a estatueta do Nobel da Paz. Vai acabar com o Oscar do Ridículo.
Lula, pela ambição e pela vaidade está se expondo como um tolo popuplaresco que faz um governicho e pensa que pode dirigir o mundo como se a popularidade dos Ibopes, Sensus, Vox Populis fossem a voz dos deuses que sustentam o mundo. É em nome dessa ambição desmedida que Lula vem cometendo delírios em cima de delírios.
Lula pensava que mediar um confronto que tem no bojo urânio enriquecido era mais ou menos assim como realizar só mais uma etapa da sua "estratégia de coalização pela governabilidade". Foi lá inaugurar o PAC do Urânio. Uma coisa é comprar siglas, partidos, deputados, senadores, adversários e badulaques com cartões corporativos; outra é sair do Brasil com a pretensão de ser o sal da terra e a luz do mundo.
E, então, ó Grande Moderador do Planeta Terra, faz o seguinte: volta pra casa, senta lá no Palácio e fica quietinho até o fim do mandato. Só levanta os fundilhos da cadeira que, por direito te pertence, para trocar o cargo de presideus do Brasil pela honrosa tarefa de ser cabo eleitoral de Dilma Rouchefe.