1 de jul. de 2010

Uma História sem Hap End

Os mesmos canastrões que, durante oito anos de rodagem, não conseguiram derrubar o protagonista da superchanchada "Ali Babá e seus 40 Mensaleiros", agora estão brincando de índio. Mas esse filme não tem mocinho. E a mocinha, nem isso é. Quer dizer, é um filme de guerra, com uma heroína guerrilheira que, protegida por anistiados de ocasião, combatentes da Farc e papagaios do Araguaia abate tucanos demonizados. Um enredo em que beijos e abraços, são obra de pura ficção.

Maria Quitéria/Pç.Campo Grande/Salvador-BA
Não há nessa pornochanchada política nenhuma Maria Quitéria que, vestida de homem, lute pela independência da legião dos bolsa-familiares. Muito pelo contrário, a batalha é dos dentes pra fora, rangendo o bastante para mantê-los pobres e oprimidos com o elevado status de eleitores de carteirinha no neossocialista batalhão dos periquitos - filhotes do mesmíssimo Araguaia.

O diretor dessa megaprodução do conhecido gênero escândalo épico, de custos públicos nunca antes vistos na história cinematográfica mundial, se identifica - a pedido - pelo codinome Dilma, de Marisa. Só até o estertor de setembro, quando a obra estará finalizada ostentando o portentoso título de "Brasil - Um País de Todos".

Depois de outubro, podem chamá-lo de Lula da Dilma. Já se sabe o fim da história. Não há nenhuma mocinha para beijar. Nem qualquer perspectiva de hap end.