A vantagem da super-estrutura oficial de comunicação do governo Lula é que ela abastece de munição todo paiol da mídia, em todos os seus compartimentos.
Os veículos e meios de comunicação são abarrotados, diária e permanentemente, por releases, textos, fotos, imagens, spots, jingles, vídeos, banners, audiovisuais de todas as dimensões e feitios, vindos diretamente dos salões de redação comandados pelos editador-chefe Franklin Martins e seus discípulos amestrados, em constante azáfama pela imagem de seu amo e senhor, o presideus Lula.
Assim é que a gente fica sabendo de coisas que nenhum pauteiro profissional sequer sonharia propor como matéria para seus repórteres, colunistas, comentaristas e afins. Esse monstruoso esquema de informação governamental, contador generoso da História Oficial, acaba de dar efeito multiplicador a mais uma pérola lulática:
Lá na África do Sul, na cara do presidente Jacob Zuma, bem na hora do encerramento de mais uma Cúpula de Negócios com cupulantes brasileiros e sul-africanos, Lula quis fazer bonito e deixou o cargo de cabo-eleitoral da postulante Dilma, para ser o grande sociólogo que guarda enrustido dentro de si mesmo:
- Precisou acontecer a Copa aqui para que se percebesse que os africanos são tão ou mais civilizados do que os que criticavam antes do Mundial.
Pelo que diz, se não fosse a Copa, ele mesmo não teria percebido isso. E só percebeu, na verdade, porque precisava encerrar mais um seminário desses que não levam a nada, com um discurso bajulador e simpático. Não foi nem uma coisa, nem outra. Foi apenas grosseiro. Como de hábito.