8 de jul. de 2010

Guillermo Fariñas, a aventura de viver

O dissidente cubano - melhor chamá-lo ativista, psicólogo, jornalista, homem de bem, de fibra inquebrantável - Guillermo Fariñas interrompeu a greve de fome que fazia há quatro meses pela libertação de prisioneiros do regime de Fidel e Raul Castro.


Ele venceu o governo dos irmãos opressores que anunciaram a decisão de libertar pelo menos 47 dissidentes que mantinham nos porões do regime ditatorial que passa em brancas nuvens pelo céu de brigadeiro de democratas como Lula, Dilma, Zé Dirceu e outros aloprados insensíveis.

Para Marco Aurélio Sargento Garcia, assessor de trapalhadas diplomáticas da Presidência, "o governo brasileiro não fala com dissidentes; fala com governos"

Há presidentes que comem, bebem, almoçam, jantam com ditadores cruéis e sanguinários, porque "business is business"...

Há dissidentes que são capazes de morrer de fome para não dobrar a coluna nem andar de joelhos, aos queijos e abraços diante desses ditadores, porque para eles a dignidade não tem preço, não é negócio e jamais será tratada sob o maquiavélico e absurdo conceito de que "business is business".


Guillermo Fariña, talvez não tenha mais a saúde que lhe dê tempo suficiente para ver uma América de quintais sem muros, mas já nos legou a esperança de que um dia os homens que tem o poder nas mãos entendam que tão importante quanto a aventura de viver é a ventura de conviver.

RODAPÉ - Semana passada, Celso Amorim, em nome do Itamaraty e de sua fidelidade canina ao presideus, saiu em defesa dos encontros de Lula com os mais temidos ditadores africanos, porque para ele tudo se resumia no fato de que "business is business".