Quando é oficial, o crime organizado perpetrado por quem o próprio presideus Lula classifica como "pessoas não comuns" não tem os mesmos desfechos que o crime desorganizado cometido pela sociedade de "pessoas comuns". Mesmo quando se trata de um figura pública e notória, como Bruno - o goleiro que tem o distintivo do Flamengo, mas não usa chapa-branca.
Fosse Bruno, esse enredado goleiro do Flamengo, um honorável vendedor de gado fantasma, um comedor de jornalista, um sanguessuga, um dono de lavanderia monetária nas ilhas Caimãs, um amo e senhor do Maranhão ou das Alagoas, estaria gozando o pleno sol da liberdade porque, mais do que ídolo da maior torcida do Brasil, seria um intocável habitante do Olimpo - Congresso Nacional dos deuses imunes e impunes.
Não se lamenta aqui, o que vai acontecer com Bruno - esse reles mortal que merece as malhas da lei e pagar pelo que fez ou mandou fazer; chora-se aqui um rio de lágrimas, pela diferença que acoberta vendedores de ambulância e de esperanças, compradores de siglas partidárias, negociadores de cargos públicos, chantagistas contumazes da coisa pública, proprietários indébitos do Estado e do País.
Eles aplicam em cima da nação inteira, o mesmo tipo de chantagem - trocando pequenos favores por grandes fortunas - que essa menina Eliza, uma pobre Maria Chuteira, aplicou um dia para cima de Bruno, um ídolo de pés de barro. Ela quis trocar um filho por uma gorda pensão. Ele, pressionado, agiu como agem contra nós os donos do Brasil, esses meliantes que se dizem representantes do povo usando o voto como arma contra a democracia.
A diferença é que Bruno integra o bloco do crime organizado de fachada, coisa como facções assim tipo PCC, CV, CBF... Já os finórios, os muitos finórios, da Casa do Polvo e dos organismos de defesa da cidadania pertencem à casta do crime oficial organizado que executa, sem dó nem piedade, o intocável governo invisível.
Quanto mais o brasileiro votar nessa pandilha de sevandijas, menos justiça, menos igualdade, menos liberdade, menos fraternidade, menos Brasil há de sobrar para os homens de bem.
Não se trata de nenhum alerta contra esse outubro nada azul que vem por aí. Seria inútil, não há saída. Eles já votaram por nós nos candidatos a donos desse país, das nossas esperanças, da nossa vida. Esse é o crime hediondo cometido em cascata, sistemática e impunemente por esses serial killers.
Eles não vão para a cadeia. Fazem de cada partido uma facção que se multiplica em estados; que se reparte em cidades. E então, cada cidade é um canto e cada canto uma caverna que abriga a Federação, esconderijo perfeito que acoberta e protege suas ambições de poder desmedido. É assim que eles assumem o Brasil.