Zé Serra e Dilma parecem até Gana e Paraguai lutando por uma vaga na final da Copa Jabulani. Bate pênalti daqui; erra pênalti dali... Um diz que é meio-pai, a outra diz que é meio-mãe da tal Bolsa-Famiglia.
Uma bobagem. Todo mundo sabe que tudo começou com dona Ruth Cardoso - que, coitada, já nem está mais aí para contar a história.
A galinha de ovos de ouro dos candidatos que querem os votos dos mais de 13 milhões de ociosos brasileiros e seus aprochegados, como cônjuges, pais, poetas, seresteiros e namorados, surgiu com o nome de Bolsa-Escola.
Aí, então, dona Dilma pode até reivindicar uma lasquinha nesse filé eleitoral... A menos que você não queira reconhecer que ela e dona Ruth eram velhas amigas e confidentes. Vai ver, você até já apagou da memória aquele dia compungente, em que Dilma telefonou para a casa de dona Ruth. Se é assim, então a gente lembra:
Elas eram tão unidas que Dilma até se prestou à gentileza de garantir à esposa de FHC que não tinha autorizado qualquer montagem de um dossiê sobre ela e seu marido ex-presidente dessa mesma República que está por aqui até hoje.
Nesse rumo, percebe-se com nitidez cristalina que - sendo tão amigas assim - é bem possível que dona Ruth, magnânima, tenha cedido os direitos autorais do Bolsa-Escola para quem é hoje nobre postulante, não só ao status de primeira-dama, mas de primeira-presidente de unhas pintadas e bolsa Kelly da República Federativa do Brasil.
Em assim sendo e a essa altura do banco de dados, bem que Zé Serra poderia trocar de assunto e armar barraco a respeito de qualquer outra coisa nebulosa que dê mais leite. A Petrobras, por exemplo; as comissões de Zé Dirceu, o Vavá de Luxo do Brasil; as terceirizações; o escândalo do Ali Babá e seus 40 Mensaleiros...
Coisas assim, banais como a corrupção que nos sufoca, mas que dão holofote. Talvez até seja por isso mesmo, por esse tal de holofote, que Serra não tenha entrado ainda nesse lamaçal. Afinal, Dilma é um poste. Ou não?!?