Há dois grandes momentos na trajetória de Lula: o primeiro, em 1963, quando uma prensa hidráulica lhe tirou o dedo mínimo da mão esquerda que lhe valeu 350 mil cruzeiros para efeitos indenizatórios e lhe deu novos rumos na vida de metalúrgico; o segundo, em 1998 quando pela segunda vez consecutiva perdeu a corrida presidencial para Fernando Henrique Cardoso: o desastroso segundo mandato FHC é até hoje a grande plataforma eleitoral de Lula.
Lula não precisou querer e nem mesmo saber governar o país nesses oito últimos anos. Bastou-lhe apenas comparar o que ele não fez esse tempo todo com o que Fernando Henrique Cardoso fez como presidente da República. Lula não soube fazer, mas soube fazer saber.
Não fosse Itamar Franco ter destampado o mandato de Fernandinho Beira Collor - O Breve, o Brasil seria hoje apenas o resumo de 16 anos de nhem-nhem-nhéns, futricas, escândalos, arraiás à Granja do Torto e à Direita dessa dupla de trovadores de sucesso: FHC/Lula.
Nem sequer o Real seria a nossa gloriosa moeda. De repente, num domingo assim como esse, bate uma saudade maluca do fusquinha e do pão de queijo.