Foto: R. Stuckert/PR
Lula não descansa enquanto não conseguir duas coisas: zerar os ganhos dos aposentados e pensionistas da Previdência e, como presideus, transformar todos os jornalistas em vacas do seu presépio.
Ontem, durante a solenidade de inauguração e lançamento da pedra fundamental de dez novos ministros, Luiz Inácio Lula da Dilma, sem mais o que fazer, relembrou sua viagem a Israel só para criticar uma vez mais a imprensa brasileira.
E, com a azia que lhe é peculiar, relembrou que não quis visitar o túmulo do fundador do sionismo, Theodor Herzl. Gargarejou que a imprensa vê coisas "bem diferentes" do que é a realidade do país vista por seus bons olhos e cutucou: porque "ela não quer notícias" que sejam relevantes para o Brasil.
"Eles não querem nem dar notícia. Eles sabem, mas fingem que não sabem. Vamos levando a vida, faltam nove meses para terminar o mandato, tenho que trabalhar que nem um desgraçado ainda" - rouquejou com enorme complacência para consigo mesmo, já que trabalhar até hoje não foi o que mais possa ter feito dele o desgraçado a que ele próprio se projetou.
Ao tempo em que praticava o seu esporte preferido, jogando dardos ao seu alvo predileto, Lula fez a tentativa de recuperar a simpatia dos israeleneses que votam por aqui. Em suas relembranças de Israel, Lula teimou que tenha protagonizado uma gafe ao deixar de visitar o túmulo de Herzl, conforme estardalhaço da imprensa brasileira.
"Eu fui a Israel, não estava nem na minha agenda, nem os israelenses pediram para eu visitar o túmulo do criador do sionismo, alguns jornais ficaram incomodados aqui por eu não visitar uma coisa que nem Israel queria", contorceu-se.
Lula saltitou e logo defendeu a criação do Estado Palestino e mudanças nas Nações Unidas capazes de solucionar os conflitos no Oriente Médio. E, como grande comentarista da história universal, ensinou:
"Ninguém mais disputa a supremacia de um contra o outro. Judeus e palestinos sabem que precisam dos dois Estados. Mas aquilo não é um clube de amigos, que os Estados Unidos fazem a paz. Eu já vi muito presidente apertar a mão de líderes judeus e palestinos e não fez. A paz só vai acontecer quando os que estão em guerra quiserem."
Caraca! Se é assim, o que é mesmo que ele foi fazer lá no Oriente Médio, com o dinheiro dos brasileiros que estão na porcaria que ele mesmo diz que estamos?!?
E aí, só para fazer inveja ao discurso final de "O Grande Ditador" - filme de sucesso retumbante de Charles Chaplin, maior que o tonitruante fracasso de "Lula - O Filho do Brasil" - o presideus também saiu em defesa do Estado brasileiro: afirmou que o país não se "curva" mais a decisões tomadas por grandes nações.
E descobriu a pólvora: "O povo brasileiro é muito grande. E nós não aceitamos supremacia de uma nação sobre a outra. Não aceitamos supremacia dos que têm dinheiro contra os que não têm dinheiro. Não aceitamos a supremacia daqueles que acham, em uma outra geopolítica, que eles são donos das decisões mundiais".
Assim, sem mais delongas, Luiz Inácio Lula da Dilma reinaugurou velhos e inertes Ministérios e fez o lançamento da pedra fundamental de dez novos ministros, todos - a partir de agora - prontos para servir aos desígnios do divino mestre em prol da campanha sucessória ao Palácio do Planalto. E não é que a imprensa noticiou?!?
Ainda assim, Luiz Inácio Lula da Dilma foi dormir ontem com a enjoativa e tradicional sensação de azia no fundo do peito. Isso só vai acabar quando a quando ele conseguir calar a imprensa sem patrão.