Comissão Interamericana de Direitos Humanos aceita a denuncia de Fariñas
Europa Press - 15 de abril 2010 - 19h01
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), organismo vinculado à OEA - Organização dos Estados Americanos, aceitou a denúncia do dissidente Guillermo Fariñas contra o regime de Raúl Castro pela "violação de todos os seus direitos" desde de 1959.
Com a decisão, a CIDH "reconhece" que no caso de Fariñas, ficou evidente uma "situação que refletiu em seus direitos fundamentais e, ao mesmo tempo, "serve de cobertura ao opistor" - explicou agora a ativista Alina Browner, do Comitê Cubano Pró Direitos Humanos, com sede em Miami.
A medida representa um "alerta internacional" porque um organismo mundial reconheceu que "algo está acontecendo" contra o ativista e que poderia servir de antecedente se o regime se volta contra ele.
Com isso, Comissão de Direitos Humanos da OEA pressiona o Estado cubano a fornecer informações sobre o caso Fariñas, com base no artigo 41 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Nas duas vezes anteriores em que foram solicitadas informações ao governo Castro a respeito do jornalista em greve de fome, as autoridades cubanas não responderam ao organismo vinculado à OEA.
Reyna Tamayo, mãe de Orlando Zapata, está entrando na mesma Comissão da OEA com denúncia similar contra o governo dos irmãos Raúl e Fidel.
RODAPÉ - Quem está bem por dentro disso tudo é Lula, companheiro bom e batuta dos irmãos Castro. Se a Comissão Interamericana de Direitos Humanos lhe perguntar alguma coisa, talvez ele responda - embora, tanto quanto um grevista a CIDH não seja um governo. E, como se sabe pelo que gargarejou outro dia Marco Aurélio Sargento Garcia, "O Brasil não fala com dissidentes; fala com governos".
