11 de mar. de 2010

Histórias de Caçadores

Olhaqui, presta atenção! Hoje, é no popular: Luiz Inácio Lula da Dilma - aquele que nunca tinha comido mingau, mas não é Lalau - tá pulando e andando pros dissidentes de Cuba. Ele não tá nem aí. Essa coisa de greve de fome é pra otário. "Morre porque não quis comer e pronto".

Lula sabe disso. Tem know how. Passou coisa de 30 dias numa cela e só quis comer o que um companheirinho que tava lá num canto, se borrando de medo, não quis lhe dar para que mitigasse seu apetite.. Também se desse, ia ser um desastre: comida suja é um horror. Faz mal ao fígado de todos nós. E desanima.

Assim é que, estamos todos à beira da convalescência rumo a uma eleição sui generis - não, não tem nada a ver com generais do sul: há um poste que virou candidata, mas não tem vice; há um candidato que não tem vice, porque nem candidato ainda é; há um outro, roxo de raiva porque não acertou o cachê da desistência; e uma que se pintou de verde, por mera e pura insistência. Rima e é verdade.

O bom dessa cacaca toda é que gente também pode estar se lixando pra todos eles. Essa corrida vai ficar gostosa mesmo é quando o sorriso paulistano encantador de serpentes e pesadelo das criancinhas avisar que vem mesmo para a pista. Vai ser uma festa. Vai ser engraçado de se ver. Coisa de voltar aos tempos de criança. Dos campeonatos de mentira. Lembra daquela do caçador? Pois, eu relembro aqui e agora para essa sua memória zero mega bite:

Era uma vez...
Um caçador que - muito antes dessa Copa do Mundo - tinha andado pela África. Divertia-se caçando. Num de seus retornos ao lar doce lar, no meio da festa de alta sociedade, foi cercado por circunspectas senhoras - nenhuma desse tipo que pode um dia virar candidata - e deu asas à imaginação, assim que uma delas lhe pediu para contar pelo menos uma de suas aventuras:

- Pois, minha senhora, eu estava na ravina. Cercado de leões famintos. Uma espingarda e uma única e miserável bala.
- Ohhh! - exclamaram todas em uníssiono.
- Fingi um rugido feroz para eles: RRRRRUOOOORRRR!!!
- Ohhh! - reprisaram todas.
- Eu tinha que assustá-los. Quase todos os leões se amedrontaram. Menos um. E ele veio em minha direção.
- Ohhh! E aí??? - se apavoravam as senhoras que jamais tinha pensado em ser primeira-dama.
- Aí, meu rifle falhou... E o leão se veio em minha direção...
- Ohhh! E aí o que o senhor fez?!?
- Aí, eu corri... E rugi... E o leão correu. E rugiu...
- Ohhh! E então?...
- Eu corri e rugi: RRRRRUOOOOOORRRRR!
- Ohhhh! E aí?
- AÍ, o leão quase me alcançou. Mas, a um passo de mim, escorregou...
- Ahhh!... - aliviaram-se elas.
- E eu corri e o leão se levantou e se aproximou de mim. Ele rugiu e eu rugi: RRRRRUOOOOORRR. Aí o leão resvalou de novo...
- E quê mais, quê mais??? - quiseram saber as damas de nervos de aço.
- Aí, eu ó: RRRRRUOOORRRRR! E... Desculpem, me caguei.
- Também, não era para menos, meu senhor... Um leão daquele tamanho! - Quis contemporizar uma das mais preparadas do grupo de socialites.
- Não, não, minha senhora... Eu me caguei agora, quando dei esse último urro.

Pois, tudo indica que, ao voltar da aventura na África do Sul, o País do Futebol vai ter que se concentrar na corrida eleitoral. Se Zé Serra resolver fazer o seu safári, vai ter muito contador de história se borrando na frente das damas que estiverem por perto. E nem precisa ser leão. Vai bastar um tucano.

Claro, essa história não é de aventura, nem de ação. É de terror. E o que vai dar de gente escorregando...