16 de mar. de 2010

A VOLTA DO FALCÃO

Como diplomata, o PresiDeus brasileiro Luiz Inácio Lula da Dilma continua um paquiderme numa sala de cristais. Sua política de boa vizinhança, primeiro degrau da escalada rumo a uma cadeira na ONU vai no ritmo da música que ele mesmo gosta de entoar em palanques do PAC, o passo do elefantinho.

Depois de se recusar a visitar o túmulo de Theodor Herzl, "pai do sionismo" e anunciar que amanhã vai ao cemitério de Ramalah, na Cizjordânia homenagear com flores o mais notório líder palestino Yasser Arafat, Lula foi boicotado pelo seu anfitrião, ministro de Assuntos Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman.
Avigdor Lieberman, apesar de alguma semelhança, não tem por Lula a mesma afinidade de um, digamos, Delúbio Soares. Nem gosta de piada de salão. Os israelenses são gente séria. O piadismo das falas luláticas não colaram lá em Jerusalem.

Perguntado por um jornalista sobre por que Lula visitará o túmulo de Arafat e não o de Herzl, o embaixador George Monteiro Prata respondeu brilhantemente que "terão que perguntar ao presidente". É o retorno triunfal do "nada a declarar" do ministro Armando Falcão da Justiça de Ernesto Geisel.