26 de mar. de 2010

Mala sem Alça e Moral de Cueca

Ricardo Stuckert/PR
Dia desses, Lula foi multado em R$ 5 mil por antecipação de campanha eleitoral; agora levou mais uma multa de R$ 10 mil pelas mesmas razões. Já não é mais "ficha limpa". Dá risada.

Desdenha da Justiça, enquanto o PT promove um verdadeiro libelo acusatório ao seu divino mestre ao promover uma "vaquinha" para pagar o prejuizo. O partido que Lula tem a honra de presidir, ao avacalhar o pagamento das punições confessa claramente que o crime foi perpetrado.

Lula infringe a lei. É reincidente contumaz e mistura alhos com bugalhos, o certo com o errado, o crime com o castigo, dizendo que a culpa é da oposição que, sem argumentos de campanha, lhe promove uma perseguição sem trégua.

Lula, desde que a cadeira do Palácio lhe subiu pra cabeça, perdeu a noção da moral, da ética, da estatura que tem o cargo de presidente da República rebaixando-o à reles e calhorda investidura de cabo eleitoral de uma "pessoa não comum" que jamais chegou a algum lugar pelo voto - perigosa arma nas mãos de uma velha guerrilheira, hoje militante da democracia esperta.

Lula é mais que presidente, um PresiDeus. Julga-se acima da lei e da justiça. E comporta-se como um convicto maior infrator. O engano e a verdade são apenas duas peças que se prestam como objeto de uso e abuso em suas aventuras de palanque e solenes inaugurações de editais e obras de papel.

Quem se recorda de Lula - o "Sapo Barbudo" dos tempos em que Brizola falava - saltando portões de fábricas e agora presencia seus pulos de gato em palanques de más companhias e piores companheiros, tem a impressão de que o felino de agora está enfermo naquilo que mais dói na vida de um homem, a consciência.

Essa enfermidade é que faz o cabo eleitoral de Dilma, o Cara conhecido por Luiz Inácio, usar a moral apenas como uma espécie de blindagem para as transgressões que comete. Lula hoje é um caso típico de petismo incurável: não trabalha, mas carrega uma mala sem alça com o maior prazer.

A seu favor tem uma coisa: não usa mais do que os pés em suas meias. No entanto, frequentemente é visto pregando moral de cueca.