
O Santo Daime é um cipoal religioso que apareceu na região amazônica nos primórdios século XX. É uma doutrina espiritualista que usa a ayahuasca, uma droga psicodélica, para juntar cacos interiores e espíritos inquietos à procura da sanidade, da paz e harmonia interna do praticante.
Os consumidores da erva garantem que depois de usá-la o seu ser se regenera. O daimista, ao tomar o chá entra pelos caminho do auto conhecimento. Isso pode lhe corrigir os defeitos do ego e torná-lo um cara muito legal muito melhor. É a trilha da perfeição.
Os usuários de ayahuasca repudiam o rótulo de que se trata de um alucinógeno. Chamam-no candidamente pelo codinome de enteógeno que, ao fim e ao cabo, quer dizer "gerador da divindade interna".
Daqui pra frente preste atenção. Quem é chegado garante que a ayahuasca produz uma ampliação da percepção e isso faz com que o crente consiga ver nitidamente a própria imaginação. O cara deleta as ruindades e fica só com as divindades.
O chá vai mais longe ainda: permite que seu bebedor consiga acessar níveis psíquicos subconscientes e outras percepções da realidade, de tal forma e dimensões que se julga sempre consciente do que acontece. O daimista mergulha nas chamadas mirações.
Quem canta os mesmos hinos e presta os mesmos louvores à ayahuasca acham que podem alcançar o patamar que vai além da imaginação, um estado de des/alucinação e hiperlucidez.
Há adeptos, como esse beócio chamado Carlos Eduardo Sundfeld Nunes que depois de tomar o chá amazônico se consideram um Cristo às avessas; outros pensam que são deuses que podem fazer com o Brasil o que lhes dá na telha.
Tropas aliadas e detetives particulares de todas as esferas já investigam pistas e indícios de que algum mordomo andou trocando a pinga por ayahuasca nos corredores do palácio.