O mal da imprensa é o bem de Luiz Inácio Lula da Dilma. Essa rede interminável de palanques e de inaugurações de pedras fundamentais não teriam o menor sentido, nem a mínima repercussão, se ficassem apenas no âmbito da turma do gargarejo, na calhordice dos aplausos da claque compelida pelos seus chefes de escritórios fantasmas.
Acontece que a imprensa vai atrás dos factóides e o que seria pregar no deserto ou para as legiões de zumbis exorcizados de suas catacumbas funcionais, passa a ter ressonância tonitruante.
As bobagens, o deboche, os ataques, as agressões, os desaforos, as pérolas ignaras, as pataguadas, ganham projeção e ocupam o lugar das realizações que não saem do chão, das obras que ficam no papel, dos serviços que não são devolvidos nem prestados à população que se curva ao peso da maior e mais voraz carga tributária do mundo.
O mal da imprensa é o bem de Luiz Inácio Lula da Dilma.
Experimentem, por uma semana, não dar bola para esses factóides ambulantes e jogar na cesta de lixo das suas redações os releases e as notícias prontas que contam a história oficial em papel timbrado com a logosuástica tropical "Brasil, um País de Todos".
Uma semaninha só. Vocês veriam o mal de Lula da Dilma ao ver o bem da imprensa. Só de pensar, a minha azia sumiu.
