23 de out. de 2010

Ora Bolas!

De ressaca, depois que na quinta-feira deu com a língua presa nos dentes, Lula comeu em tranca nesta sexta e evitou bater uma bolinha com os jornalistas. Nem ele mesmo aguentou o bafo de militante que usou em Porto Alegre para debochar das agressões à careca de Serra no Rio de Janeiro.


Deve ter aproveitado o dia para enxaguar a boca com a água benta que jogaram ensacada pra cima da peruca de Dilma, lá na capital dos gaúchos, conterraneos da miniera postulante.

Enquanto isso, sem medo de levar uma bochada de fita crepe outra vez, Zé Serra abriu o tarro: - O presidente da República, dando aval a esse tipo de manifestação, acaba estimulando que outras se repitam. Nós não nos intimidamos. A democracia é um regime de liberdade. Todo mundo tem direito de dizer o que pensa, se locomover, se juntar, se reunir e pregar suas idéias. Essa não é a maneira de o PT enxergar a democracia.

Se Lula, ao abandonar o cargo de presidente para ser o maior animador de palanque da história do Brasil, se limitasse apenas a fazer campanha para o seu poste predileto, a tragédia de ter uma Dona Flor e Seus Dois Maridos mandando no Brasil seria menor do que se pode imaginar.

O diabo é que Lula, sempre que balança a pança e comanda a massa, injeta no espírito do povo a cultura da esperteza, da decomposição moral.

Essa distorção do caráter nacional, esse mal que carcome a consciência da nação, vai levar muito tempo para ser desfeito. É um câncer em galopante evolução. Sua cura não é para qualquer Sírio-Libanes; muito menos para o tratamento pelo SUS que o governo oferece aos brasileiros.